terça-feira, 21 de junho de 2016

RED LIST: MAMÍFEROS


Olá, meus caros amigos!

Tudo bem com vocês?

Hoje, vou trazer um assunto crítico sobre mamíferos ameaçados de extinção no Brasil e não posso deixar de comentar o triste fato de uma onça-pintada que foi morta por militares do Exército após uma exibição do evento de cerimônia da tocha olímpica em Manaus-AM. A onça-pintada era conhecida como Juma e era mascote do CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva) do Exército Brasileiro. Durante o evento, a onça-pintada Juma como todo animal silvestre mantido em cativeiro provavelmente estava estressada e acabou escapando do cativeiro. E então o pior aconteceu, ela foi morta a tiros.

Mas vamos entender um pouco sobre os mamíferos ameaçados de extinção e vocês vão ver que a onça-pintada está ameaçada.

Vamos lá!!

Os mamíferos sempre chamam a atenção das pessoas devido a sua beleza e também a sua capacidade de conviver com o homem, com os cachorros e gatos. Alguns mamíferos causam problemas domiciliares, sendo responsáveis por algumas doenças. Um animal que chama muito atenção de pessoas e cientistas são os macacos, devido a sua grande semelhança física e genética com os seres humanos. Esses animais podem ser usados também como cobaias de pesquisas para a indústria farmacêutica.

O Brasil possui uma grande diversidade de mamíferos (terrestres, aquáticos e alados). Entre a grande diversidade de mamíferos, predominam animais de pequeno porte. Além do tamanho reduzido, apresentam, em sua maioria, hábitos noturnos, comportamento furtivo e capacidade de se camuflar na vegetação. Em outros continentes, em áreas abertas como a Savana africana, a ocorrência de animais de grande porte favorece a observação.

São poucas as espécies de mamíferos que ocorrem no Brasil e apresentam hábitos de vivência em grupos, como a ariranha (Pteronura brasiliensis) por exemplo. Algumas espécies formam grupos em períodos reprodutivos ou simplesmente pelo cuidado parental, mas quando os filhotes desmamam, em sequência, acabam se tornando independentes.
A diversidade de mamíferos no Brasil é atualmente de 688 espécies, sendo dividida em 12 ordens: Primates, Didelphimorphia, Sirenia, Cingulata, Pilosa, Lagomorpha, Chiroptera, Carnivora, Perissodactyla, Artiodactyla, Cetacea e Rondentia.

Segundo dados do ICMBio (Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), o Brasil abriga a maior diversidade de mamíferos do mundo, sendo que 66 espécies dessa diversidade encontram-se ameaçadas de extinção. As radicais mudanças no Bioma Mata Atlântica que foram causadas, sobretudo, por atividades humanas nos últimos cento e cinquenta anos, destacando-se a expansão das áreas urbanas e rurais, agricultura, tráfico de animais e também a caça ilegal, somadas são destruidoras. Das duzentos e cinquenta espécies de mamíferos da Mata Atlântica, 55 ocorrem somente nesse bioma, sendo que 38 estão ameaçadas de extinção.

O ICMBio, utilizando como suporte legal a Portaria 316/2009 do Ministério do Meio Ambiente, criou um pacto com a sociedade, tendo como principal objetivo a recuperação das espécies ameaçadas de extinção. O PAN (Plano de Ação Nacional) tem como objetivo a conservação dos mamíferos da Mata Atlântica Central nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Bahia, sendo que esses estados sofrem grandes pressões antrópicas e também possuem uma grande importância no cenário socioeconômico do País.

A mastofauna possui uma importância vital na manutenção do equilíbrio de um ecossistema, estando presentes nos mais diferentes processos ecológicos, entre eles, o controle populacional de suas presas e a constante ajuda na regeneração das matas.

A fauna em geral pode ser considerada como bioindicador, pois sua presença no local pode mostrar o estado de conservação do ambiente.
A fragmentação florestal e a perda de habitat gerados por ações antrópicas são as maiores ameaças aos mamíferos terrestres nos ambientes brasileiros, pois os mamíferos de grande, médio e pequeno porte ainda são alvo de caça, que é uma atividade ilegal há mais de 35 anos no Brasil.

Vou mostrar para vocês alguns animais que estão ameaçados de extinção no Estado de São Paulo e em todo Brasil.
De acordo com a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) classifica:

(LC) Pouco Preocupante
(NT) Quase Ameaçada
(VU) Vulnerável
(EN) Em Perigo 
(CR) Em Perigo Crítico 
(EW) Extinto Na Natureza
(EX) Extinto

E com isso vou apresentar para vocês alguns animais ameaçados de extinção de acordo com o Livro Vermelho

de Espécies Ameaçadas de Extinção:

 Onça-pintada (Panthera onca) (VU)
Onça-pintada

Sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) (VU)
Sagui-da-serra-escuro

Macaco-prego (Cebus robustus) (VU)
Macaco-prego

Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) (EN)
Mico-leão-dourado

Muriqui (Brachyteles hypoxanthus) (CR)
Muriqui (maior primata das Américas)

Jaguatirica (Leopardus pardalis mitis) (VU)
Jaguatirica

Onça-parda (Puma concolor capricornensis) (VU)
Onça-Parda

Ariranha (Pteronura brasiliensis) (VU)
Ariranha 

Jubarte (Megaptera novaeangliae) (VU)
Baleia Jubarte

Esses são apenas alguns mamíferos ameaçados de extinção no Brasil, a lista ela é ainda maior, então é muito importante conhecer para preservar.

Referencial:
COSTA, L.P., LEITE, Y.R.L., MENDES, S.L. & DITCHFIELD, A.D. 2005. Conservação de mamíferos no Brasil. Megadiversidade. 1(1):103-112.
INSTITUDO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-plano-de-acao/pan-mamiferos-da-mata-atlantica/sumario-executivo-mamac-site.pdf>. Acesso em: 20 de Jun. 2016.
MAZZOLLI, M. 2006. Persistência e riqueza de mamíferos focais em sistemas agropecuários no planalto meridional brasileiro. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
REIS, N.R., PERACCHI, A.L., PEDRO, W.A., LIMA, I.P. Mamíferos do Brasil, Londrina, 2006.
TONHASCA JUNIOR, A. Ecologia e história natural da mata atlântica. Ed.Interciência Ltda., Rio de Janeiro. 197 p. 2005.

Imagens:

segunda-feira, 13 de junho de 2016

A Genética dos Esportistas


Olá meus caros amigos!

Tudo bem com vocês?

Hoje vou trazer um assunto muito interessante. Que tal entender porque alguns atletas possuem um alto nível de rendimento em relação a outros e porque essa característica faz com que milhões de pessoas parem para observar suas façanhas?

 Será que esses atletas somente realizam treino em cima de treino?

Será somente treino e mais treino?

Vamos entender como funciona a genética de alguns atletas de alto rendimento, e entender que pessoas “mutantes” podem até existir de verdade. Hehehehehe..

Estamos próximos ao início dos Jogos Olímpicos aqui no Brasil. Um evento que mostra toda a capacidade física e intelectual de atletas do mundo todo.
Então vamos entrar nesse assunto tão rápido como Usain Bolt e mostrar quais diferenças genéticas esses atletas possuem. Vou começar a falar de um atleta de alto rendimento que deixou seu nome na história dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Eero Antero Mantyranta nascido em 20 de novembro de 1937 foi um dos esquiadores finlandeses mais sucedidos da história dos Jogos Olímpicos de Inverno ao ganhar sete medalhas olímpicas (1960-1972). Ficou conhecido como “Senhor Seefeld” referente ao local onde as competições foram feitas. Infelizmente em 29 de dezembro de 2013 Eero acabou falecendo, porém seu sucesso e sua história ficaram marcados até os dias atuais, devidos o seu desempenho incrível nas Olímpiadas.

Mas o que o Eero Matyranta tem de tão especial além dos treinos?

Esse esquiador possuía  uma mutação genética no gene do receptor do hormônio Eritropoietina que causa um aumento dos glóbulos vermelhos no sangue, fazendo com que a pessoa possa transportar 50% a mais de oxigênio no sangue, com isso Eero possuía uma maior resistência durante as provas que exigiam alto desempenho físico. O interessante é que os seus familiares também possuem essa mutação, porém não seguiram o meio esportivo.

Agora eu pergunto a vocês. É justo disputar uma prova com uma pessoa que possui um Doping natural?

Seria correto a liberação da injeção de Eritropoietina para todos os participantes de provas físicas?

O que seria ético nessa situação?

Vou citar mais um exemplo muito famoso no esporte mundial. O famoso ex-ciclista americano Lance Armstrong que ficou conhecido mundialmente após ganhar por sete vezes consecutivas o evento de ciclismo conhecido como Tour de France entre anos de 1999 a 2005. Porém, ele ficou ainda  mais conhecido  após um resultado positivo de exame de doping e por consequência ter perdido todos os seus títulos.

Sabe por quê?

Lance Armstrong tomava o hormônio eritropoietina e vocês já sabem o potencial aumentativo que esse hormônio tem. Nessa época já era proibido tomar qualquer tipo de hormônio que aumentasse o desempenho nas provas. Então Lance é classificado em algumas revistas como um dos atletas mais antidesportista da história. Nesse caso não foi um doping natural e sim um doping bioquímico manipulado.
Lance precisou de uma “ajudinha” para conseguir conquistar todos esses títulos, mas é claro que esse atleta ganhou outros prêmios por consequência de seus treinos.

Mas o que falar do atleta de salto em altura Donald Thomas que em apenas 8 meses de treino conseguiu ser campeão mundial, sendo que o favorito naquele ano já treinava a 20 anos. Donald Thomas nasceu com o “Tendão de Aquiles” muito mais longo, servindo como uma mola muito mais potente, sendo que atletas normais precisam treinar anos para aumentar o “Tendão de Aquiles”.

Difícil competir né?

Mas hoje se sabe que existe um gene chamado ‘gene sprint’, ou seja, o gene ACTN3 que codifica as fibras musculares de contração rápida, sendo excelente para esportes de alta velocidade com movimento de explosão.

 Será que o Usain Bolt possui esse tal ‘gene sprint’?
Não sei dizer.

Mas todos sabem que ele não tem um biótipo de um atleta de alta velocidade, devido o seu tamanho, porém ele mostrou que é possível ser alto e rápido ao mesmo tempo.
Será somente o treino?

Deixo vocês pensarem um pouco e já vou falar de mais um atleta de alto rendimento.

Pam Reed é uma americana que participava de provas de corrida de longas distâncias, sendo a primeira mulher a vencer a prova Badwater Ultramarathon em 2002. Pam Reed provavelmente possui uma condição genética relacionado com a química do cérebro, fazendo com que ela sinta muito mais prazer em praticar um exercício físico. Chega a ser hilário, mas um dia depois da prova de Ironman que aconteceu em Nova York, Pam decidiu correr no aeroporto depois que ficou sabendo que seu voo iria atrasar. Detalhe, a prova de Ironman durou 11h20m.

Eu poderia citar inúmeros atletas que possuem desempenhos que estão relacionados com a condição genética. Não tenho dúvida de que treinar faz parte da vida dos melhores esportistas, mas uma condição genética favorável e muito treino resultam em um atleta de elite.

Espero ter aguçado a curiosidades de vocês em relação aos atletas de elites, e com certeza vocês irão assistir as Olímpiadas com uma olhar diferente.

Referencial:
PASQUA, L.A., ARTIOLI, PIRES, F.O., BERTUZZI, R. ACTN3 e desempenho esportivo: um gene candidato ao sucesso em provas de curta e longa duração, 2011.

ZATZ, M. Genética: escolhas que nossos avós não faziam. Ed. Globo, São Paulo, 2011.




segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dia Mundial do Meio Ambiente: Desabafando



Olá meus caros amigos!

Tudo bem com vocês?

Ontem dia 5 de junho foi o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma data muito importante para o Planeta Terra. Esta data foi estabelecida em 15 de dezembro de 1972 pela Assembleia Geral das Nações Unidas na Conferência de Estocolmo, que teve como objetivo iniciar as discussões sobre meio ambiente e consciência ambiental.

Hoje quero fazer uma reflexão referente a essa data e falar se realmente estamos usando essa data para ajudar o no nosso “Planeta Azul”.

Estamos “carecas” de ver notícias sobre desmatamento, poluição de rios, poluições atmosféricas, tráficos de animais e um incontável descaso com a natureza.
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo e com uma quantidade de recursos hídricos de dar inveja em muitos países.

Mas o Brasil sabe aproveitar e conservar esses recursos?
Acredito que não.

A lei ambiental no Brasil evoluiu muito nos últimos anos, porém a aplicabilidade dessas leis a maioria das vezes só atingem pessoas de baixa classe social. E é muito comum observar empreendimentos que rasgam toda a Legislação Ambiental Brasileira por simplesmente terem um capital que satisfaz a “Elite Brasileira”.

O que falar dos licenciamentos ambientais aprovados de forma errada e sem nenhuma preocupação com a fauna, a flora e a população tradicional do local?

O que falar dos incontáveis animais silvestres que são traficados todos os anos?

É realmente triste ver toda a nossa fauna e flora sendo vendidos. E eu te pergunto. Faz sentido vender algo que não tem preço por um “preço de banana”?

Se você compra esses animais e ainda acha que esta no lucro, você está totalmente errado.
Cada animal tem uma importância ecológica naquele ecossistema que ele vive. Você se lembra do “efeito borboleta” ?  
Se você lembra vai começar a entender que essas atitudes vão ter uma consequência no futuro. Então se você interagiu com algo que não é comum na natureza, Cuidado!!!

Essa data serviu para eu desabafar um pouco sobre essa triste realidade em que vivemos. Mas como o objetivo de poucos é fazer com que as pessoas tenham um pouco de consciência ambiental, e eu faço parte dessa minoria que ainda tem força para lutar. Se você também visa em ter um mundo mais consciente, COMPARTILHE aqui sua luta.

Muito obrigado a todos!