As
florestas sempre estiveram presentes ao longo da historia da humanidade, sendo
vistas como uma fonte de riqueza, moradia e alimentação. Desde os povos antigos,
já havia isolamento de áreas para a sua proteção, visando à preservação da
cultura, da religião, de práticas esportivas e até mesmo políticas.
O
aparecimento do modelo atual de áreas naturais protegidas surgiu nos EUA,
devido à acelerada expansão urbana, e isso fez com que em 1872 fosse criado o
Parque de Yellowstone, sendo a primeira área protegida
institucionalmente.
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Parque de Yellowstone |
Gradualmente,
foram surgindo unidades de conservação em vários países, sendo inicialmente nas
categorias Parque e Reserva. No Canadá, a primeira unidade de conservação
surgiu em 1885, já na Nova Zelândia em 1894 e assim vários países também foram
criando suas áreas protegidas, sendo que no Brasil a primeira unidade de
conservação foi o Parque Nacional do Itatiaia em 1937.O Parque Nacional do
Itatiaia no Rio de Janeiro foi criado com base no Código Florestal de 1934,
sendo uma ferramenta muito importante para a conservação dos recursos naturais,
beleza cênica e biodiversidade.
Unidades
de Conservação são espaços com aspectos naturais de grande importância
ecológica para a população, incluindo as águas jurisdicionais, com o objetivo
da preservação do patrimônio biológicos. As unidades de conservação têm focado
na categoria de uso sustentável e proteção integral, sendo que cada categoria tem
seus princípios de conservação e proteção ambiental.
O
termo Unidade de Conservação é utilizado no Brasil e tem como objetivo definir
as áreas instituídas pelo Poder Público para preservação e proteção de corpos
d’água, solo, clima, paisagens, microorganismos, fauna, flora e todo o
equilíbrio de um ecossistema. Existem categorias de Unidades de Conservação que
inclui a proteção do patrimônio histórico-cultural, visando também manter a
tradição da população local possibilitando o uso sustentável daquele ecossistema.
Segundo
o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei nº. 9.985, de 18 de Julho de
2000, entende-se por Unidade de Conservação um espaço territorial e seus
recursos ambientais, abrangendo as águas jurisdicionais, tendo atributos
naturais importantes, instituído por lei pelo Poder Público, com um propósito
de conservação e limites definidos, sob normas especiais de administração, ao
qual se aplicam garantias corretas de proteção.
Hoje
aproximadamente, 1,5 milhões de km², ou 16,6% do território continental
brasileiro e 1,5% do território marinho é protegido, com os objetivos
instituídos por lei.
Toda
essa área é protegida e estão em um total de 310 unidades federais, 503
estaduais, 81 municipais. Esses dados são ainda mais importantes quando
comparado a outros países, sendo que no Brasil aproximadamente 17% de seu
território continental é protegido por unidades de conservação e no mundo são
apenas 12,8% dos territórios protegidos legalmente.
O Sistema Nacional de
Unidades de Conservação é constituído pelo conjunto de unidade de conservação
federais, estaduais, municipais e particulares, dividido em doze tipos de
manejo. Sendo a categoria de Uso Sustentável e Proteção Integral.
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Unidades de Conservação pelo Brasil |
Mesmo com esses serviços
ambientais muito importantes para a qualidade de vida da coletividade, ainda
existem diversos problemas que colocam em risco as unidades de conservação de
todo o Brasil. Destacamos aqui o desmatamento, o
tráfico de fauna e flora, a pesca predatória, o corte ilegal de madeira, extração
desenfreada do palmito, técnicas errôneas de introdução de animais exóticos,
fogo criminoso ou acidental, a criação de estradas dentro das unidades, a
expansão urbana, torres de alta-tensão, dutos, turismo desordenado e entre
outros.
Realmente temos que começar
a ver essas áreas como parte da nossa qualidade de vida, pensando não só na
nossa qualidade de vida atual, mas também pensando que as futuras gerações tenham
a possibilidade de conhecer e desfrutar dessas áreas.
Referências Bibliográficas
SHENINI, P. C.; COSTA, A.
M.; CASARIN, V. W. Unidades de Conservação: Aspectos Históricos e sua Evolução.
Florianópolis, 2004.
SIMÕES, L. L. Unidades de
Conservação: Conservando a Vida, os Bens e Os Serviços Ambientais. São Paulo,
2008.