Olá meus caros amigos! Hoje
vou trazer um tema bem interessante para as grávidas e também para todos que
queiram saber um pouco sobre Anemia Falciforme.
O teste do pezinho ou triagem
neonatal é um procedimento que deve ser feito em recém-nascidos a partir do 3°
dia de vida e até o 7º dia. Sendo de extrema importância para o acompanhamento
do desenvolvimento da criança. Esse exame é obrigatório e não tem custo nenhum
para as mães (hospitais públicos), ou seja, não deixe de levar seu bebê, pois o
diagnóstico precoce pode facilitar bastante o tratamento do bebê, caso seja
detectado alguma doença.
O exame consiste em uma
coleta de sangue do calcanhar do recém-nascido, onde é analisada a presença de
algumas doenças de caráter genético ou congênitas.
O teste do pezinho básico
analisa a presença de algumas doenças, sendo que cada doença possui um
tratamento diferenciado.
Doenças detectadas no teste
básico
Ø Fenilcetonúria
(doença congênita do sistema digestório)
Ø Hipotireoidismo
congênito (disfunção da tireoide)
Ø Hiperplasia
adrenal congênita (problemas hormonais)
Ø Fibrose
cística (alta produção de muco, causando problemas respiratórios)
Ø Deficiência
de biotinidase (incapacidade de reciclar a vitamina biotina)
Ø Anemia
Falciforme (deficiência das hemácias)
Todas as doenças citadas
possuem um tratamento, consultar um especialista na área é de extrema
importância para a saúde do bebê.
Mas, no entanto, falarei
sobre a anemia falciforme, porque essa doença é importante ser detectada no
teste no pezinho.
A anemia falciforme foi
descrita pela primeira vez pelo Dr. James Herrick em 1910, sendo uma doença que
comete principalmente pessoas negras, porém como o Brasil é um país com grande
miscigenação, essa doença também ocorre em pessoas de pele mais clara. Essa
doença é hereditária, ou seja, passada de pais para filhos.
A anemia falciforme tem
origem na mutação do cromossomo 11, que acaba resultando na substituição de um
ácido glutâmico pela valina na posição 6 da extremidade N-terminal na cadeia β da
globina, formando a hemoglobina S.
Muito Complicado?
Vou facilitar.
Nossas hemácias (glóbulos
vermelhos) adquirem um formato de foice, ou seja, com esse formado as hemácias
tem dificuldade de circular de forma adequada no fluxo sanguíneo, causando
grandes problemas para o portador.
Como vocês podem observar na
imagem acima, as hemácias em forma de foice acabam obstruindo o fluxo normal
dos vasos sanguíneos, acometendo a qualidade de vida do portador.
Mas isso é importante?
Sim. A taxa de mortalidade
por infecção secundária causada pela a anemia falciforme em crianças até 5 anos
de idade superam os 25%, isso explica a importância do diagnóstico
precoce.
Os principais sintomas
aparecem bem no início da vida, sendo percebidos após os 4 meses de idade.
Sintomas:
§ Anemia (diminuição do
transporte de oxigênio e nutrientes)
§ Cansaço e Palidez
§ Dores musculares, ossos e articulações
§ Mãos e pés inchados
§ Infecções frequentes
§ Retardo no crescimento e
atraso da puberdade
§ Olhos e pele amarelados
§ Febre
§ Sede excessiva
Esses são os sintomas mais
comuns que auxiliam os especialistas a diagnosticar e iniciar o tratamento.
O tratamento para essa
doença consiste no uso de medicamentos e em alguns casos é necessária a
transfusão de sangue. O tratamento deve ser seguido durante a vida inteira do
portador.
Então mães, não se esqueçam
de fazer os exames para que seu bebê tenha uma boa qualidade de vida.
O portador de anemia
falciforme possui algumas limitações, porém se for feito um tratamento adequado
o portador pode ter uma vida normal.
Tentei de forma simples e
rápida explicar a importância do teste do pezinho e também mostrar como
funciona a anemia falciforme. Vou deixar pra vocês um vídeo de uma adolescente
portadora de anemia falciforme contando como é a sua rotina e as complicações
dessa doença.
Referências Bibliográficas:
Artigo disponível em: < http://www.jped.com.br/conteudo/04-80-05-347/port_print.htm>
Artigo disponível em: <http://www.facene.com.br/wp-content/uploads/2010/11/Anemia-falciforme1.pdf>
Imagem disponível em: <http://glaudstoneagra.blogspot.com.br/2015/10/anemia-falciforme.html>
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