sexta-feira, 25 de março de 2016

Unidades de Conservação: Um Breve Histórico


As florestas sempre estiveram presentes ao longo da historia da humanidade, sendo vistas como uma fonte de riqueza, moradia e alimentação. Desde os povos antigos, já havia isolamento de áreas para a sua proteção, visando à preservação da cultura, da religião, de práticas esportivas e até mesmo políticas.
O aparecimento do modelo atual de áreas naturais protegidas surgiu nos EUA, devido à acelerada expansão urbana, e isso fez com que em 1872 fosse criado o Parque de Yellowstone, sendo a primeira área protegida institucionalmente.
Parque de Yellowstone

Gradualmente, foram surgindo unidades de conservação em vários países, sendo inicialmente nas categorias Parque e Reserva. No Canadá, a primeira unidade de conservação surgiu em 1885, já na Nova Zelândia em 1894 e assim vários países também foram criando suas áreas protegidas, sendo que no Brasil a primeira unidade de conservação foi o Parque Nacional do Itatiaia em 1937.O Parque Nacional do Itatiaia no Rio de Janeiro foi criado com base no Código Florestal de 1934, sendo uma ferramenta muito importante para a conservação dos recursos naturais, beleza cênica e biodiversidade.
Unidades de Conservação são espaços com aspectos naturais de grande importância ecológica para a população, incluindo as águas jurisdicionais, com o objetivo da preservação do patrimônio biológicos. As unidades de conservação têm focado na categoria de uso sustentável e proteção integral, sendo que cada categoria tem seus princípios de conservação e proteção ambiental.
O termo Unidade de Conservação é utilizado no Brasil e tem como objetivo definir as áreas instituídas pelo Poder Público para preservação e proteção de corpos d’água, solo, clima, paisagens, microorganismos, fauna, flora e todo o equilíbrio de um ecossistema. Existem categorias de Unidades de Conservação que inclui a proteção do patrimônio histórico-cultural, visando também manter a tradição da população local possibilitando o uso sustentável daquele ecossistema.
Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei nº. 9.985, de 18 de Julho de 2000, entende-se por Unidade de Conservação um espaço territorial e seus recursos ambientais, abrangendo as águas jurisdicionais, tendo atributos naturais importantes, instituído por lei pelo Poder Público, com um propósito de conservação e limites definidos, sob normas especiais de administração, ao qual se aplicam garantias corretas de proteção.
Hoje aproximadamente, 1,5 milhões de km², ou 16,6% do território continental brasileiro e 1,5% do território marinho é protegido, com os objetivos instituídos por lei.
Toda essa área é protegida e estão em um total de 310 unidades federais, 503 estaduais, 81 municipais. Esses dados são ainda mais importantes quando comparado a outros países, sendo que no Brasil aproximadamente 17% de seu território continental é protegido por unidades de conservação e no mundo são apenas 12,8% dos territórios protegidos legalmente.
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação é constituído pelo conjunto de unidade de conservação federais, estaduais, municipais e particulares, dividido em doze tipos de manejo. Sendo a categoria de Uso Sustentável e Proteção Integral.




Unidades de Conservação pelo Brasil


Mesmo com esses serviços ambientais muito importantes para a qualidade de vida da coletividade, ainda existem diversos problemas que colocam em risco as unidades de conservação de todo o Brasil. Destacamos aqui o desmatamento, o tráfico de fauna e flora, a pesca predatória, o corte ilegal de madeira, extração desenfreada do palmito, técnicas errôneas de introdução de animais exóticos, fogo criminoso ou acidental, a criação de estradas dentro das unidades, a expansão urbana, torres de alta-tensão, dutos, turismo desordenado e entre outros.
Realmente temos que começar a ver essas áreas como parte da nossa qualidade de vida, pensando não só na nossa qualidade de vida atual, mas também pensando que as futuras gerações tenham a possibilidade de conhecer e desfrutar dessas áreas.

Referências Bibliográficas


SHENINI, P. C.; COSTA, A. M.; CASARIN, V. W. Unidades de Conservação: Aspectos Históricos e sua Evolução. Florianópolis, 2004.

SIMÕES, L. L. Unidades de Conservação: Conservando a Vida, os Bens e Os Serviços Ambientais. São Paulo, 2008.



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