segunda-feira, 30 de maio de 2016

Quer um conselho?



Olá meus caros amigos! Tudo bem com vocês?

Hoje vou trazer um assunto bem diferente e acredito que poucas pessoas já ouviram falar ou nem sabiam que existia. Porém esse tema às vezes envolvem algumas polêmicas e quero trazer histórias para vocês pensarem e darem suas opiniões.

Vou falar sobre aconselhamento genético. 
Você sabe o que é isso?

Aconselhamento genético é o ramo da medicina que se dedica a estudar condições genéticas que podem afetar um indivíduo ou seus descendentes.  Por exemplo: uma pessoa é portadora de uma doença genética que pode passar para seus descendentes e essa pessoa teve um filho que nasceu normal, mas será que seu filho pode ter descendentes normais também? Aí que entra o aconselhamento genético, sendo feitos vários exames clínicos e no final os médicos vão chegar a uma conclusão positiva ou negativa.
E dentro desse assunto eu quero trazer duas histórias para vocês refletirem e darem suas opiniões, pois os assuntos são bem delicados. Todas as histórias são reais e foram tiradas do excelente livro: “Genética: As escolhas que nossos avós não faziam” da conselheira geneticista Mayana Zatz.

A primeira história é de uma adolescente de 15 anos de idade que procurou o aconselhamento genético por que dois dos seus irmãos eram portadores de Distrofia de Duchenne (uma doença que afeta pessoas do sexo masculino e tem como consequência a distrofia muscular muito grave e o portador perde a capacidade de andar aos 12 anos), então a adolescente queria saber se quando ela engravidasse seu filho poderia nascer com essa doença. Mas com apenas 15 anos ela já estava grávida, então a preocupação era maior. Ela foi à clínica com os seus pais e uma assistente social. Foram feitos os testes nela e no seu pai, e infelizmente ela era portadora da mutação genética que causava a distrofia de Duchenne, mas como era mulher não desenvolveu a doença. Se o bebê que ela estava esperando fosse menino, tinha 50% de chance de nascer com essa doença. A família era de uma cidade pequena e quando a consulta terminou a assistente social contou à médica que na cidade estava soando um rumor que o pai biológico era também a pessoa que engravidou a adolescente. Se fosse testado verdadeiro esse boato, a probabilidade da criança nascer com a distrofia aumentaria muito.  Então foi feito um teste no feto e felizmente a criança não apresentava o gene mutante da distrofia de Duchenne, porém o teste deu positivo para os boatos, seu pai biológico tinha relação sexual com a própria e filha e acabou engravidando-a. A médica conversou com a adolescente e ela confirmou que seu pai fazia relação sexual com ela toda vez que a sua mãe saía. E pediu para a médica não contar para mãe, pois tinha medo de destruir a família.

O que você faria?

Denunciaria o pai?

Levando em consideração que o aconselhamento genético tem que ter uma confiabilidade nas informações, ou seja, tudo o que acontecer fora do esperado em um aconselhamento não deve ser exposto, pois o principal objetivo dessa consulta foi saber se a adolescente tinha a possibilidade de ter o filho com a distrofia, e não investigar se o pai tinha relação sexual com a filha. Mas será que nesse caso poderia quebrar as regras? Não sei..

Então vou deixar vocês pensarem a respeito e no final do texto conto o desfecho dessa história.

A segunda história também é bem delicada, porém a primeira aconteceu no Brasil e essa na Holanda. Tudo começou quando uma advogada engravidou sem planejar e seu pai era portador de Hemofilia (uma doença genética que faz com que o portador tenha problemas de coagulação sanguínea e consequentemente o portador sofre muito durante toda a vida), então essa advogada procurou o aconselhamento genético, pois se o feto fosse portador da mutação genética ela estava disposta a parar a gestação, sendo que toda vez que seu pai passava por essa crise da doença ela observava ele chorando de dor e consequentemente ela sofria junto. Como esse caso aconteceu na Holanda à legislação permite a advogada abortar em caso de doença genética sem tratamento. Então foi coletado amostra de DNA do pai para analisar se a advogada tinha herdada a mutação genética. E mais uma vez algo inesperado aconteceu, os exames mostraram que a advogada não era portadora da mutação, pois seu pai não era realmente seu pai biológico. Como dar essa notícia?

O que você faria?

Contava que a advogada não teria a mutação somente ou contaria que seu pai não era biológico?

Contava somente para a mãe e ela decidiria se contaria ou não?
Contava para todos?

Levando em consideração que é uma família muito unida e contar pode afetar totalmente a estrutura dessa família.
Nesse caso a autora deixa em aberto e não falou o desfecho da história.
Aconselhamento genético é algo muito importante, apesar de acontecer histórias como essas, o indivíduo saber se pode ter filho saudáveis ou não e de extrema importância para não adquirirem dores e sofrimentos futuros.
A Engenharia Genética está evoluindo muito rapidamente, e dentro disso caem questões muito delicadas. O que você acha se pudesse escolher a cor dos olhos do seu filho?
Ou escolher se vai ser menino ou menina?
Gêmeos, trigêmeos ou quadrigêmeos?  
Parece loucura né?

Vou contar mais um caso para finalizar nosso papo de hoje. Um casal fez inseminação assistida conhecida também como inseminação artificial e queriam ter gêmeos, porém a mulher ficou gravida de trigêmeos e no hospital após o nascimento o casal disse que levaria somente duas crianças, pois o combinado era ter gêmeos, então o casal escolheu duas meninas e iria deixar a terceira no hospital.
Você deve está pensando que é uma história de ficção né?
Mas não é!!!!
Essa é uma história real e aconteceu aqui no Brasil. É claro que os pais foram obrigados a ficarem com as três meninas.
Mas em que ponto nós chegamos?
É um absurdo essa história, mas mais uma vez eu digo é real e acontecem muitos casos como esse.
Temos que usar a tecnologia para ajudar as pessoas com problemas e diagnosticar doenças antes que ela se manifeste. Mas não posso deixar de falar que a Engenharia Genética é algo brilhante e com certeza ajuda e vai ajudar muitas pessoas.

Então, hoje quis trazer esse tema, pois muitas pessoas não conheciam esse assunto e espero ter mostrado um pouquinho do que tem por trás dessa ciência.

Ops! Antes que eu me esqueça vou contar o desfecho da primeira história.

A médica responsável pelo caso decidiu não contar para a mãe sobre a relação do pai com a filha e muito menos denunciar o pai a polícia. Ela fala em seu livro que foi muito foi difícil tomar essa decisão, mas que foi a melhor que ela pensou em tomar. E disse também que nunca mais viu a adolescente.

Muito obrigado pela leitura e sinta-se a vontade para deixar sua opinião a respeito dessas histórias.

Referencial:

ZATZ, M. Genética: escolhas que nossos avós não faziam. Ed. Globo, São Paulo, 2011.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

H1N1 você por aqui?



Olá meus amigos, tudo bem com vocês?

Hoje vou falar um pouco sobre a famosa H1N1 que já causa grandes problemas para os brasileiros.

Quero começar explicando dois conceitos para que vocês possam entender melhor o texto.
Vocês sabem o que é Epidemia e Pandemia?

Epidemia está associada a qualquer doença que ocorre em determinados lugares ou regiões, ou seja, tomando poucas proporções.

Pandemia são quaisquer doenças que tem grandes capacidades de se espalhar para diversas regiões, como outros países e continentes.

No início desse mês nos deparamos com casos de H1N1 e muitas pessoas se perguntaram: essa gripe já chegou de novo?
Sim, o H1N1 já esta causando grandes casos em várias regiões do Brasil e o governo também já iniciou a campanha de vacinação.

Mas vamos entender melhor a história desse vírus. Vocês acham que esse vírus apareceu aqui recentemente? Bom, vamos entender melhor!

A maior pandemia relacionada com o vírus A H1N1 ficou conhecida como gripe espanhola que ocorreu durante os anos de 1918-1919, tendo uma grande capacidade de propagação e mortalidade, sendo mais de 20 milhões de mortes em todo o mundo. E depois de mais de 90 anos esse vírus ainda se mantém ativo nas populações e consequentemente causando epidemias e pandemias. Mas isso se explica devido sua capacidade de reprodução favorecer para possíveis mutações e também o material genético desse vírus é fragmentado, ou seja, ao se separar ele pode compartilhar material com outros vírus.
Em 1977 nos EUA houve um surto pelo vírus A/H1N1 afetando jovens e consequentemente um taxa considerável de mortos. O governo Americano decidiu vacinar 40 milhões de pessoas e por consequência da vacinação houve 532 casos da Síndrome de Guillain-Barré e 32 mortes.
Mas recentemente no México em março de 2009 foram relatados casos do vírus. O vírus H1N1 ataca suínos, isso explica o nome popular “Gripe Suína”. Esse vírus causa doença respiratória em animais e pode afetar os seres humanos através do contato próximo.
A Organização Mundial da Saúde caracterizou em 6 fases de estado de alerta para o vírus H1N1 e em junho de 2009 o vírus chegou a fase 6 e foi caracterizado como o nível máximo de preocupação, devido muitos casos dos EUA, Europa e América do Sul.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu seis fases
de uma pandemia

Período de interpandemia

Fase 1 Nenhum novo subtipo de vírus de gripe diagnosticado em Humanos.

Fase 2 Nenhum novo subtipo de vírus de gripe foi descoberto em humanos, mas uma doença, variante animal, ameaça os humanos.

Períodos de alerta de pandemia

Fase 3 Infecção humana com um subtipo novo, mas sem evidencia de transmissão de humano para humano.

Fase 4 Pequeno(s) foco(s) com transmissão inter-humana ainda com localização limitada.

Fase 5 Maior expansão inter-humana, mas ainda restrito a poucas regiões.

Período de pandemia

Fase 6 Transmissão inter-humana sustentada e atingindo mais de duas regiões do globo.

Os vírus da influenza possui 8 genes, sendo 2 responsáveis pela codificação de proteínas virais de superfície: hemaglutinina-H e neuraminidase-N, tendo a relação direta para a entrada do vírus na célula. Apenas os H1N1, H2N2 e H3N2 tem a capacidade de infectar os seres humanos.
A transmissão é passada de pessoa para pessoa, através do contato direto com pessoa doente ou contato com objetivos infectados, sendo transmitido pelo ar através de tosse e espirros.

Os principais sintomas são: Febre alta, tosse, cefaleia, dor do corpo, falta de ar, cansaço, diarreia e vômitos.

Sintomas mais graves: Falta de ar constante, dores no peito, tontura, confusão mental, fraqueza e desidratação.
De 3 a 7 dias é o tempo para os primeiros sintomas aparecerem. 

Em março desse ano (2016) esses sintomas começaram a se tornar mais comum aqui no Brasil, e rapidamente o governo brasileiro já iniciou a campanha de vacinação contra a H1N1.
Somente em março os casos de H1N1 no estado de São Paulo já superaram todos os casos no ano passado nesse mesmo período no Brasil inteiro.
Uma da hipótese para explicar o aparecimento dessa gripe mais cedo no Brasil está relacionada com o grande fluxo de turistas que vieram de onde a gripe já estava instalada, fazendo com que ela aparecesse no Brasil no final do verão.
Então tomar algumas atitudes podem ajudar a prevenir a contaminação pelo vírus, são elas:

Lavar a mão com água e sabão
Evitar levar a mão ao rosto após tocar em objetos
Levar sempre um frasco de álcool-gel para esterilizar as mãos sempre que necessário
Evitar frequentar locais fechados
E tomar vacina

Essas são algumas prevenções para que você possa evitar a contaminação por H1N1.
Espero ter ajudado vocês a sanar algumas dúvidas.

Referencial:
GRECO, D.B., TUPINAMBÁS, U., FONSECA, M. Influenza A (H1N1): history, current status in Brazil and the world, perspectives, 2009.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Água e Educação Ambiental


Olá meus amigos! Tudo bem com vocês?

Hoje vou abrir mais uma discussão referente à conservação dos recursos naturais, e em especial, abordarei os assuntos sobre educação ambiental e a importância da água.

A água é um recurso natural do qual nós dependemos para sobreviver, sendo atingida por vários tipos de poluição, em especial a água doce, que totaliza apenas 2,5% em todo o planeta, sendo que apenas 0,3% desse total são encontrados em rios e lagos. O restante está concentrado em geleiras e lençóis freáticos, o que evidencia a pequena disponibilidade para consumo da maior parte da população.

A água possui três estados físicos: sólido, líquido e gasoso, e se mantém em um permanente processo de mudança de estados físicos. Este fenômeno, essencial para a dinâmica do Sistema Natural Terrestre (Geosfera), integrando Atmosfera-Hidrosfera-Pedosfera-Biosfera, é denominado de ciclo hidrológico ou ciclo da água. A água pode ser encontrada em seu estado sólido, em geleiras ou em flocos de neve. No estado líquido, a água é encontrada nos mares, rios, lagos e lagoas, e também na chuva, nos solos, nos aquíferos e nos corpos dos seres vivos. No estado gasoso, a água é encontrada na forma o vapor d’água.

O conhecimento da importância da água e da dinâmica de seu ciclo hidrológico deve ser levado a toda a sociedade (indústrias, órgãos públicos, ONG’s e pessoas, de forma individual ou coletiva) de forma clara e objetiva, para que aconteça uma conscientização da importância do ciclo e de como mantê-lo.

O Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) do estado de São Paulo mostra que toda água existente na Terra (1.380.000 Km³), 97,3% é água salgada e apenas 2,7% água doce. Da água doce disponível na terra (37.000 Km³), 77,20% se encontra em forma de gelo nas calotas polares (28.564 Km³), 22,40% se trata de água subterrânea (8.288 Km³), 0,35% se encontra nos lagos e pântanos (128 Km³), 0,04 % se encontra na atmosfera (16 Km³) e apenas 0,01% da água doce está nos rios (4 Km³).

Conforme divulgado pelas Organizações das Nações Unidas (2012), cerca de 1,6 bilhão de pessoas vivem em regiões com escassez absoluta de água e dois terços da população poderão ser afetados pelo estado crítico da água até o ano de 2025.

Segundo o Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (2012), devido à grande demanda, atualmente há menos água potável no planeta. Cita-se que os limites sustentáveis dos recursos da água superficial e subterrânea já foram ultrapassados em diversas regiões. A utilização de água subterrânea e de bacias hidrográficas triplicou nos últimos 50 anos.

A conservação dos recursos hídricos deve ser introduzida em vários tipos de atividades pedagógicas, sendo a matriz principal da educação ambiental. Educação ambiental para mim é uma forma de transmitir o conhecimento para a coletividade de forma pedagógica, usando instrumentos dinâmicos e orais, com o objetivo de obter um comportamento consciente da coletividade ao interagir com o meio ambiente.

Atualmente, destaca-se muito a conservação do meio ambiente, a sustentabilidade e a escassez dos recursos naturais, tornando a educação ambiental uma atividade fundamental para a formação dos indivíduos, principalmente durante as fases iniciais da educação formal e não formal.

As crianças representam um dos principais públicos-alvo da educação ambiental, pois são indivíduos em desenvolvimento, de opiniões e hábitos que podem se perpetuar para as futuras gerações. Para a conscientização infantil, é de extrema importância o contato com a natureza, tornando lúdica a definição e preservação do meio ambiente, mas falar também em sala em de aula e em casa ajuda muito também.

A Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA, instituída pela lei n° 9.795 de 1999, e regulamentada pelo decreto nº 4.281 de 2002, diz que educação ambiental é desenvolvida quando um indivíduo que possui conhecimento e habilidades pedagógicas passa seu conhecimento para a sociedade, levando em considerações valores culturais, sociais e ambientais, considerando a qualidade de vida e a conservação dos recursos naturais e ambientais.

A Educação Ambiental no Brasil surgiu antes de sua institucionalização no governo federal. Até o início dos anos de 1970 persistiu o movimento conservacionista e, logo após, houve uma emergência quanto à questão ambiental que teve como aliada as lutas pela liberdade democrática, representada pelas ações de professores, estudantes e escolas, por meio de organizações da sociedade civil, prefeituras municipais e governos estaduais, com atividades educacionais voltadas para ações de recuperação, conservação e melhoria do meio ambiente. Cita-se também, que neste período surgiram os cursos de especialização em Educação Ambiental.

A Educação Ambiental, é entendida, de forma simples e direta, como uma forma de instrução para a conservação ambiental, visando à manutenção dos recursos naturais, logo, com reflexos positivos na qualidade de vida dos grupos humanos, é uma forma de educação não formal realizada pelas sociedades há muito tempo. Contudo, de forma institucionalizada e sistematizada, a Educação Ambiental é uma prática muito mais recente, por isso, ainda em processo de consolidação nos diversos meios sociais.

Em 1973, o processo de institucionalização da Educação Ambiental no governo federal se iniciou com a criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) e em 1981, devido à criação da Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), foi estabelecido à inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive na comunidade. Com a Constituição Federal de 1988, no inciso VI do artigo 225, que se refere à promoção da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a constituição pública para a preservação do meio ambiente, a tendência da Educação Ambiental se concretiza no Brasil.
Em 1991 a Educação Ambiental foi considerada pela Comissão Interministerial para a preparação da Rio 92, como um dos instrumentos da política ambiental brasileira.

Cita-se, ainda, que a divisão da Educação Ambiental no Brasil é retratada em três modalidades principais que são:

·        Projetos.
·         Disciplinas Especiais.
·         Inserção da Temática Ambiental nas Disciplinas.

No período de 2001 a 2004, o desempenho destas modalidades foi diferente. O crescimento com relação a este período atingiu aproximadamente 90% nas modalidades de Projetos e Disciplinas Especiais, enquanto a taxa de crescimento da Inserção da Temática Ambiental nas Disciplinas foi de apenas 17%.

E atualmente os projetos ainda se mantêm ativos, sendo que hoje a educação ambiental já é mais vista nas universidades, órgãos públicos e entre outros.

Então, de forma geral, a educação ambiental é realmente importante para que possamos ter uma visão concreta da importância que os recursos naturais pode nos proporcionar.

Com esse texto, pude trazer um pouco sobre esse assunto tão importante e necessário. Acredito que de certa forma pude passar um pouco do meu entendimento para que vocês. Ficarei muito feliz se essas palavras atingirem várias pessoas, mas vou ficar mais feliz ainda em atingir o público jovem, sendo eles a base de um futuro consciente.




 REFERENCIAL:

CADERNO SECAD. Educação Ambiental: Aprendizes De Sustentabilidade. Brasília, 2007.
GRASSI, Marco. As Águas do Planeta Terra. Edição Especial, Maio, 2001.
MATSUURA, Koichiro. Uso Racional da Água: Essencial Para Sua Vida e Para Seu Negócio.Novembro, 2011.




segunda-feira, 2 de maio de 2016

Unidades de Conservação: Brasil


Olá meus amigos!

Hoje venho trazer uma continuação de um assunto que já falei aqui, se você ainda não leu, corre lá!

Vou deixar o link aqui da primeira postagem: Unidades de Conservação: Um Breve Histórico: <http://biologiatodoodia.blogspot.com.br/2016/03/unidades-de-conservacao-um-breve.html>

Hoje vou falar sobre as Unidades de Conservação no Brasil e como o tema é extenso, futuramente terá postagens implementando esse assunto.

Mas o que são Unidades de Conservação mesmo?

Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), Lei nº. 9.985, de 18 de Julho de 2000, entende-se por Unidade de Conservação um espaço territorial e seus recursos ambientais, abrangendo as águas jurisdicionais, tendo atributos naturais importantes, instituído por lei pelo Poder Público, com um propósito de conservação e limites definidos, sob normas especiais de administração, ao qual se aplicam garantias corretas de proteção.
O SNUC é constituído pelo conjunto de unidade de conservação federais, estaduais, municipais e particulares, dividido em doze categorias de manejo. Cada categoria possui uma diferença de acordo com sua forma de proteção e usos instituídos por lei. Existem unidades de proteção integral que inclui estação ecológica, reserva biológica, parque nacional, monumento natural e refúgio da vida silvestre que tem usos mais restritos por terem fragilidade e particularidades ambientais, e existem também as unidades de uso sustentável que inclui área de proteção ambiental, área de relevante interesse ecológico, floresta nacional, reserva extrativista, reserva de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável e reserva particular do patrimônio natural, que foca em utilizar os recursos naturais de forma mais sustentável possível. Assim as unidades de conservação formam uma rede, sendo que cada categoria tem sua contribuição para a conservação dos recursos naturais.
O Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza é um dos exemplos de meios de conservação mais aprimorados do mundo. Sua função ultrapassa a manutenção da diversidade biológica, pois possibilita também o uso dos recursos naturais e do solo. Sendo assim, o SNUC possibilita um aumento na geração de emprego, visando à qualidade de vida da população e redução de danos aos recursos naturais.
O Brasil detém a qualificação de país megadiverso, sendo extremamente rico em diversidade de fauna, flora e microrganismos. Possuindo seis biomas importantíssimos para a conservação e proteção ambiental, nosso país abriga a Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia, Caatinga, Pantanal e Campos Sulinos. Além disso, possui o maior e mais numeroso e denso sistema fluvial do mundo.
Biomas Brasileiros

O primeiro Parque Nacional criado no Brasil foi o de Itatiaia (1937), seguido por Iguaçu e Serra dos Órgãos (RJ) em 1939, sendo que não eram usados muitos critérios científicos, ou seja, criados meramente pela beleza cênica.
Hoje o Brasil possui 728 unidades de conservação, sendo divididas em categoria de uso sustentável e proteção integral.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem em seu site um mapa que contém 320 unidades de conservação federais, distribuídos pelos grandes biomas brasileiros.


Grande parte da riquíssima biodiversidade brasileira está ameaçada, devido à exploração constante e também pelas pressões geradas no atual modelo socioeconômico de desenvolvimento. Mesmo com esse cenário, desde a década de 1930, unidades de conservação têm sido criadas em todo o mundo, com objetivos diferentes, mas nas três esferas de poder, sendo federal, estadual e municipal.
É visível a evolução das políticas ambientais brasileiras e principalmente da legislação específica para a proteção e conservação ambiental, mas só teve início na década de 80.
As principais leis que auxiliam na proteção ambiental foram sendo criadas a partir de 1965 com a instituição do Novo Código Florestal Brasileiro, e também em 1967 com a lei de Proteção à Fauna, e 1981,com a Política Nacional de Meio Ambiente.
Em 2006, o Brasil traçou metas nacionais para a conservação de pelo menos 30% da Amazônia e 10% dos outros biomas localizados em unidades de conservação. Fazendo parte da resposta à Meta 1 do Plano Estratégico da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB), sendo utilizado como o principal objeto norteador da política de proteção da biodiversidade no Brasil.
No ano de 2010, durante a COP10 (Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológicada CDB, foram criadas novas metas globais de proteção à biodiversidade para 2011 á 2020. Sendo que para áreas protegidas a meta é ainda mais desafiadora até 2020, tendo pelo menos 17% das áreas terrestres e de água continentais, 10% de áreas costeiras e marinhas devem ser conservadas e protegidas.
Apesar dessa considerável evolução nas leis ambientais no Brasil, as fiscalizações tem que ser mais exigentes, pois essa mega biodiversidade tem que ser protegida e as populações tem que começar a ver as unidades de conservação como sinônimo de qualidade de vida. 

Referências Bibliográficas:
SHENINI, P. C.; COSTA, A. M.; CASARIN, V. W. Unidades de Conservação: Aspectos Históricos e sua Evolução. Florianópolis, 2004.
SIMÕES, L. L. Unidades de Conservação: Conservando a Vida, os Bens e Os Serviços Ambientais. São Paulo, 2008.
http://brasilescola.uol.com.br/brasil/unidades-conservacao-brasileiras.htm
http://conexaonatureza.comunidades.net/biomas-brasileiros