Olá meus caros amigos!
Tudo bem com vocês?
Hoje vou trazer um
assunto muito interessante. Que tal entender porque alguns atletas possuem um
alto nível de rendimento em relação a outros e porque essa característica faz
com que milhões de pessoas parem para observar suas façanhas?
Será que esses
atletas somente realizam treino em cima de treino?
Será somente treino e
mais treino?
Vamos entender como
funciona a genética de alguns atletas de alto rendimento, e entender que
pessoas “mutantes” podem até existir de verdade. Hehehehehe..
Estamos próximos ao
início dos Jogos Olímpicos aqui no Brasil. Um evento que mostra toda a
capacidade física e intelectual de atletas do mundo todo.
Então vamos entrar nesse
assunto tão rápido como Usain Bolt e mostrar quais diferenças genéticas esses
atletas possuem. Vou começar a falar de um atleta de alto rendimento que deixou
seu nome na história dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Eero Antero Mantyranta nascido em
20 de novembro de 1937 foi um dos esquiadores finlandeses mais sucedidos da
história dos Jogos Olímpicos de Inverno ao ganhar sete medalhas olímpicas
(1960-1972). Ficou conhecido como “Senhor
Seefeld” referente ao local onde as competições foram feitas. Infelizmente
em 29 de dezembro de 2013 Eero acabou falecendo, porém seu sucesso e sua
história ficaram marcados até os dias atuais, devidos o seu desempenho incrível
nas Olímpiadas.
Mas o que o Eero Matyranta tem de
tão especial além dos treinos?
Esse esquiador possuía uma mutação genética no gene do receptor do
hormônio Eritropoietina que causa um aumento dos glóbulos vermelhos no sangue,
fazendo com que a pessoa possa transportar 50% a mais de oxigênio no sangue,
com isso Eero possuía uma maior resistência durante as provas que exigiam alto desempenho
físico. O interessante é que os seus familiares também possuem essa mutação,
porém não seguiram o meio esportivo.
Agora eu pergunto a vocês. É justo
disputar uma prova com uma pessoa que possui um Doping natural?
Seria correto a liberação da injeção de
Eritropoietina para todos os participantes de provas físicas?
O que seria ético nessa situação?
Vou citar mais um exemplo muito famoso no esporte
mundial. O famoso ex-ciclista americano Lance Armstrong que ficou conhecido
mundialmente após ganhar por sete vezes consecutivas o evento de ciclismo
conhecido como Tour de France entre
anos de 1999 a 2005. Porém, ele ficou ainda
mais conhecido após um resultado
positivo de exame de doping e por
consequência ter perdido todos os seus títulos.
Sabe por quê?
Lance Armstrong tomava o hormônio eritropoietina
e vocês já sabem o potencial aumentativo que esse hormônio tem. Nessa época já
era proibido tomar qualquer tipo de hormônio que aumentasse o desempenho nas
provas. Então Lance é classificado em algumas revistas como um dos atletas mais
antidesportista da história. Nesse caso não foi um doping natural e sim um doping
bioquímico manipulado.
Lance precisou de uma “ajudinha” para conseguir
conquistar todos esses títulos, mas é claro que esse atleta ganhou outros
prêmios por consequência de seus treinos.
Mas o que falar do atleta de salto
em altura Donald Thomas que em apenas 8 meses de treino conseguiu ser campeão
mundial, sendo que o favorito naquele ano já treinava a 20 anos. Donald Thomas
nasceu com o “Tendão de Aquiles” muito mais longo, servindo como uma mola muito
mais potente, sendo que atletas normais precisam treinar anos para aumentar o “Tendão
de Aquiles”.
Difícil competir né?
Mas hoje se sabe que existe um gene
chamado ‘gene sprint’, ou seja, o
gene ACTN3 que codifica as fibras musculares de contração rápida, sendo
excelente para esportes de alta velocidade com movimento de explosão.
Será que
o Usain Bolt possui esse tal ‘gene
sprint’?
Não sei dizer.
Mas todos sabem que ele não tem um biótipo
de um atleta de alta velocidade, devido o seu tamanho, porém ele mostrou que é
possível ser alto e rápido ao mesmo tempo.
Será somente o treino?
Deixo vocês pensarem um pouco e já vou
falar de mais um atleta de alto rendimento.
Pam Reed é uma americana que
participava de provas de corrida de longas distâncias, sendo a primeira mulher
a vencer a prova Badwater Ultramarathon
em 2002. Pam Reed provavelmente possui uma condição genética relacionado com a
química do cérebro, fazendo com que ela sinta muito mais prazer em praticar um
exercício físico. Chega a ser hilário, mas um dia depois da prova de Ironman que aconteceu em Nova York, Pam decidiu
correr no aeroporto depois que ficou sabendo que seu voo iria atrasar. Detalhe,
a prova de Ironman durou 11h20m.
Eu poderia citar inúmeros atletas que possuem
desempenhos que estão relacionados com a condição genética. Não tenho dúvida de
que treinar faz parte da vida dos melhores esportistas, mas uma condição
genética favorável e muito treino resultam em um atleta de elite.
Espero ter aguçado a
curiosidades de vocês em relação aos atletas de elites, e com certeza vocês
irão assistir as Olímpiadas com uma olhar diferente.
Referencial:
PASQUA, L.A., ARTIOLI, PIRES, F.O.,
BERTUZZI, R. ACTN3 e desempenho esportivo: um gene candidato ao sucesso em
provas de curta e longa duração, 2011.
ZATZ, M. Genética: escolhas que nossos avós
não faziam. Ed. Globo, São Paulo, 2011.
É meu caro amigo, olhando assim parece até desleal com outros atletas, mas vale lembrar daquele velho jargão "Deus da asa pra quem não sabe voar", não é o caso desses competidores, pois souberam aproveitar com treinos e dedicação essa tal "mutação", usando exatamente naquele esporte que se encaixa com seu biotipo, é uma explicação do encontro da capacidade com a oportunidade, pois não basta ter uma Ferrari em suas mãos senão souber pilotar!! Mas excelente tema dessa semana, muito interessante, parabéns!!
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